Após minha visita ao compadre Guto, tenho recebido em "off" perguntinhas tipo algum segredinho ou detalhes do compadre ou de coisas que eu tenha visto e achado estranho. Sei lá o que vai pela cabeça dessa mulherada ou o que exatamente elas querem saber, mas tenho uma coisa a declarar: Eu seria um patife, um crápula se, após ter sito tão bem recebido pelo amigo Guto, viesse revelar qualquer coisa que vi, ouvi ou me foi dito pelo compadre ou por qualquer outro membro de sua maravilhosa família. Claro que como bons homens, falamos abertamente da vida de todo mundo (quem disse que homem não gosta de fofoca?), mas isso é assunto nosso. Mas confesso que fiquei intrigado com algumas coisas que vi na garagem do compadre, naquele canto que guardamos coisas que não usamos mais, mas que, por motivos diversos e até emotivos, acabamos por não jogar fora.

Essas pantufas, por exemplo, achei até legal prá quem acorda no meio da noite e não quer acender a luz (a Suzaninha, por exemplo, fica irritadissima - e não me pergunte como eu sei) e não quer correr o risco de dar com as canelas em algum objeto pelo caminho. Pelo tamanho do pé não era coisa prá criança, o que descarta que tenha sido usado por algum dos filhos.

Este rádio, acreditem, é a manivela, e está bem usadinho. Acho que o Guto usava para ouvir os jogos do seu Vasco da Gama, no tempo em que ganhava algum título (põe tempo nisso rsrsrsrs). Acho que com o advento do computador, foi deixado de lado.
Este bracelete da Mulher Maravilha está cuidadosamente enrolado em papel, e confesso que fiquei pensando em quem o usava. Talvez alguma fantasia entre Guto e Suzaninha, mas quem usava e por que estava relegado ao esquecimento não sei, e nem iria perguntar, claro.

Uma coisa muito esquisita, amarrada por um cordinha e dependurada na parede estava este ornamento para carros, muuiiito estranho...Confesso que fiquei imaginando a real utilidade deste enfeite. Lembrei que até, por curiosidade, poderia ter dado uma olhada no famoso Passat, talvez para ver se havia ulguma marca na lataria, acima das portas, mas acabei não fazendo, já que os homens tem uma estranha relação com seus carros.

Mas a coisa mais estranha que encontrei entre os guardados da garagem foi este...enfeite para bolota de reboque, que quando se freia o carro ele acende a luzinha e mexe com as patinhas. Quem seria macho suficiente para colocar isso no suporte para reboque e sair rodando pela cidade? Se bem que o compadre mora na Floresta da Tijuca, e floresta, vocês sabem, é lugar de veados (o animalzinho, bem entendido). Achei melhor nem perguntar de onde saiu aquilo ou como foi parar lá. Que eu saiba o compadre, apesar da família enorme, não tem reboque.

Mas por favor, peço que não façam nenhum tipo de ilações a respeito desses objetos. Talvez num passado recente tenham feito parte do dia a dia (ou noite a noite) do Guto, e como cada um tem os seus segredos...

E compadre Guto, pode ficar descansado que jamais revelarei detalhes de sua vida privada ou de seus familiares mais chegados, pois afinal, somos compadres e amigos...

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Todo mundo fala em preconceito, mas não se assume. Eu sou preconceituoso sim. Quem não é atire a primeira pedra. Temos preconceitos contra negros, judeus, muçulmanos, gays, pobres e
outras minorias que nem vale a pena citar. E eles, os preconceitos, são comportamentais. Detestamos comportamentos que fogem do (nosso) padrão. É diferente de nós, do nosso grupo, da nossa classe? E isso nos mete medo, nos torna inseguros? Preconceito neles!! E por favor, não tentem negar. Assumam-se!! A melhor piada que conheço sobre preconceito é aquela em que perguntado se não gostava de algum povo, ele disse que não era preconceituoso, que só não gostava muito dos alemães. Ao ser indagado do por que, respondeu: Os alemães prometeram que iam acabar com os judeus e fizeram serviço de negro! Putz, põe preconceito nisso.
Só que meu preconceito está sob controle. Convivo bem com qualquer etnia, grupo religioso, grupo sexual e outros. Consigo conversar e dialogar com pessoas que considero fora do meu grupo. Até porque elas estão em toda a parte. Claro que quando não chegamos a um consenso, geralmente termina em discussão, mas ninguém sai ferido.
Meu problema são com as instituições.
Igreja Católica Apostólica Romana? Adoraria ver o Vaticano pegar fogo, não sobrar pedra sob pedra. Gostaria muito de ver grupos islâmicos se explodirem com suas bombas e grupos judeus ortodoxos morrerem estorricados no deserto. Partidos Políticos? Grupos de extermínio neles.
Ver um Sarney da vida morrer lentamente seria uma glória. O Edir Macedo morrer de gangrena. Ótimo. Balas perdidas são uma merda, mas balas com endereço certo seriam uma benção. Ainda não inventaram o tiro ao alvo no Congresso? Que Pena!!
São as instituições que trazem o preconceito em suas leis, seus dogmas e sua propaganda.
São elas que decidem, que geram leis e procuram dinheiro e o apoio para suas idéias. E milhões
de pessoas as seguem. Daí prá se enrolar numa bomba e se explodir levando um monte de inocentes , dar um tiro num travesti, atropelar um negro ou ridicularizar um pobre é um pulinho. Um bad boy riquinho, com seu carro tunado, fazendo pega ou enchendo de porrada
um qualquer são consequencias de idéias que ele aprendeu. E aí finalmente chegamos à:
Um branco rico, que acha que tudo pode, pois tem o dinheiro no seu bolso;
um negro que se acha injustiçado, e sai por aí assaltando;
um padre pedófilo, que não controla a sua burra opção de celibato;
um muçulmano que chama outros de infiéis;
um judeu que acha que todos os povos os odeiam;
um policial corrupto, pois acha que ganha pouco;
um político safado, pois comprou votos e agora quer pegar a grana de volta, com juros;
um eleitor que vive reclamando do governo, mas que trocou seu voto por algum favor;
um intelectual, que chama todos de ignorantes;
E aqui que cada um faça a sua lista pessoal.
Resumindo, preconceito tem raízes profundas, e cada um compra a quantidade que quizer.
E antes que perguntem...sim, eu ando meio de saco cheio.

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